quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O silêncio tem palavras





- Não sei quanto mais tempo teremos…sinto-me trôpega, desvanecida, esparramada, caída, outonal.
- Sabes tão bem como eu que nós já cá não deveríamos andar, minha criança eterna.
- Sei. Mas às vezes penso que merecemos estes beijos, este sol, sabes? Esta certeza de sermos, ao mesmo tempo e no mesmo espaço, ínfimos e infinitos. Esta vontade de reconstruir o mundo porque não era nada disto que pensámos vir a ser. Nós não temos nada de quem pensámos um dia vir a ser. Merecemos esta permissão de furto, este roubar de vida à morte coitada, que anda exorbitada de um lado para o outro por não ter mais com quem jogar xadrez.
- É tão adulta que dá pena, a bicha-solitária. (Risos). És a minha estação preferida.
(Silêncio)
- Tu, o meu louco de sempre, a minha alegria além-mundo.



Cláudia Alves

7 comentários:

Alucard disse...

acho que o pedro levou este título demasiado a sério.

Maggie disse...

Ou então o Outono é-lhe indiferente xD

Pseudónima disse...

Obrigada pelos comentários.

Maggie disse...

Apesar do meu comentário estupido, eu gostei do teu texto.

Compreendo melhor a relação que tu fizeste com Sentimentos/Outono do que as do Eduardo. mas pronto. Opiniões.

bacci*

Parteculta disse...

na verdade este foi o teu post aqui no parteculta que gostei mais

Parteculta disse...

ah, fui eu, o ed.

Kamon disse...

Não estamos nada fora de tempo, ainda somos jovens...