terça-feira, 29 de setembro de 2009

Outono

É a decadência de pensamento,
nada mais tenho a acrescentar.
Há nostalgia, que vem anunciar
a perspectiva de extremo sofrimento.

É o deserto da angústia pintado
na melancolia da solidão.
E nesta imensa escuridão
nem mesmo o bem é iluminado.

E vivo nesta câmara lenta,
em tons de castanho gasto.
Força hercúlea para um simples gesto
e a consequente inércia que me tenta.

No Outono da vida
terei, talvez, menos folhas caídas.
Com sal, tento sarar as feridas:
auto castigo, por uma mágoa não sofrida.

Mais uma vez enganador,
o poeta da invenção.
(Ou será que não?).


Eduardo Rilhas

6 comentários:

Kamon disse...

Não percebi... Deve ser da hora e do cansaço, amanhã dou-lhe outra oportunidade. Fica descansado.

Alucard disse...

se depois ainda não conseguires eu explico.

Pseudónima disse...

Porque é que será que o Outono remete sempre para isto?

Boas palavras, bom ritmo.

Maggie disse...

Eu não acho que Outono e melancolia sejam sinónimos.

Mas não deixo de gostar de alguns versos.

TheRagnawar disse...

o sol torna-se mais tórrido (em termos de cor apenas) e outonal, that's why

Parteculta disse...

mas aquilo tem a ver com idade. nao com estaçoes. esqueci-me de dizer. e uma alusao a garrett.

ed