quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Heim, uma conversa com o leitor.

Este é o post mais fácil de fazer de sempre. O tema é bastante simples de se explicar com uma frase que um dia me escreveram, com toda a razão:

'If you're always searching, you'll never find a home'.

Toda a razão, mas não sem falhas. Aprendi há pouco que às vezes os lares encontram-se sem os procurarmos, aprendi há pouco que nos podemos apegar a outro lar, sem nunca perder o nosso.

Ando neste momento numa espécie de jornada pela Europa, cada fim de semana: um destino, sensivelmente. E no entanto, quando chego ao terceiro dia no meu novo estrangeiro (leia-se: Bélgica, Holanda, ou outras cidades alemãs, até agora) começo a ficar com muitas saudades do meu lar (leia-se Colónia, durante os próximos cinco meses). Outras vezes, estou por aqui por casa, e fico cheio de saudades do meu lar de nascença, como costumamos dizer por aqui: 'back home' (estremeço um pouco sempre que o digo), Janas, Sintra, até Lisboa, para meu espanto. I'm always searching for something new, but I already found home. Aqui, Colónia. Lá, Sintra.


Na verdade, a frase nem se referia a um lar no sentido de morar, identificarmo-nos com sítios. A frase referia-se a um coração. E sobre isso, penso finalmente ter encontrado o lar mais acolhedor, penso não me ter enganado na porta. I think I finally found home. Não há mais a acrescentar, pois o facto de ter encontrado a minha casa reside na simplicidade de o ter feito, e no amor que nutro pelo ambiente que nela se vive. Eu, o meu amor, e a nossa casinha amarela.


Eduardo Rilhas

5 comentários:

Parteculta disse...

Texto muito bom. Parei, sobretudo, no último parágrafo. ;)

Ah, e fico feliz por ti. =)
Beijinhos.

Pseudónima

Kamon disse...

Vai mas é a Berlim ver o que é boa arquitectura!

Anónimo disse...

Gostei do texto! Acho que me identifiquei um pouco com tudo o que escreveste.

Também eu construi um lar, apenas em três meses, senti que aquela pequena casinha, era mais que quatro paredes onde encontrava o refúgio contra as intempéries, um novo porto seguro. E era na alegria desse lar que afogava as tristezas e era sempre ao aconchego deste que ansiava retornar. Naquele momento aquele foi o meu lar, sem nunca ter perdido, no entanto, o abrigo e a saudade deste que ficara.

Quanto ao último paragrafo, não pude deixar de esboçar um sorriso de alegria, de compreensão. E se o meu lar é o sorriso com que brinco no jardim da minha rua ou a fonte que acalma a minha sede, então também eu, já encontrei o meu coração. O nosso lar é onde estivermos unidos! Amo-te.

Maggie disse...

"Aprendi há pouco que às vezes os lares encontram-se sem os procurarmos, aprendi há pouco que nos podemos apegar a outro lar, sem nunca perder o nosso."

Concordo plenamente.


Casinha amarela? Conheço é a lata amarela! lol (8) chichi uá uh ah! xD

Anónimo disse...

Simplesmente lindo!